sábado, novembro 25, 2006

Quando era pequenina

Lembro-me de quando era pequenina e tinha de me pôr em pontas para ver o que havia para lá das janelas…Lembro-me de achar que quando crescesse me iam dizer a verdade, que Jesus não existia e que era inventado pelos crescidos, talvez para não termos medo do escuro ou de dormirmos sozinhos. Parece mesmo parvo não é?
Até agora não me lembro do que me levou a pensar nisto.

Mas a verdade é que agora vejo que tinha razão. Era uma criança muito sábia =)

De facto o Deus que me queriam mostrar vejo agora, não existe. Esse Deus bombeiro que aparece miraculosamente quando estamos em apuros, ou o Deus juiz e cobrador que está lá em cima de caderninho na mão a apontar todas as minhas faltas para me julgar um dia, ou ainda o Deus seguradora que me garante que tudo irá correr bem, enfim, uma série deles, que em imaginação não somos poupados. Realmente agora estou mais próxima da verdade e que alivio que é =) Porque este Deus é tão mais cheio de amor por mim…



domingo, novembro 19, 2006

Painter Song


If I were a painter
I would paint my reverie
If that's the only way for you to be with me
We'd be there together
Just like we used to be
Underneath the swirling skies for all to see
And I'm dreaming of a place
Where I could see your face
And I think my brush would take me there
But only ...
If I were a painter
And could paint a memory
I'd climb inside the swirling skies to be with you
I'd climb inside the skies to be with you

Pequenos Medos


Esta semana tive uma missa especial. Tinham-me convidado para entrar no coro e gosto tanto de cantar, foi motivo de grande alegria para mim…
Durante o ensaio decidiram que eu cantaria o Santo, a música é mesmo bonita e eu gosto mesmo muito de cantar, mas assim sozinha? Logo da primeira vez que ia cantar ali?
Não gosto normalmente de cantar para outras pessoas, por medo de errar eu sei.

Não conseguia prestar atenção a mais nada da celebração, só me imaginava a errar o tom, a corar imenso, a falhar ali, em frente a toda a gente.
Tinha chegado o Evangelho e falava de um cego que tinha ido ao encontro de Jesus para se curar e Jesus lhe passava as mãos com saliva pelos olhos, uma vez, duas vezes, até o cego ver.
Na altura não percebi ali grande lição, continuava nervosa, com a certeza de que não ia correr bem. Na Homilia era impossível não estar mais atenta um pedacinho, o Pde. N. é cativante em cada palavra e começou lentamente, como se as suas palavras penetrassem mais fundo do que na superfície de cada um “- Neste Evangelho, aparece-nos Jesus, O filho de Deus, que falha e é obrigado a repetir…”

Não era preciso mais nada, tinha-se feito Luz.
Se até Jesus errara, quem era eu para não me permitir tal coisa?
Somos tão pequeninos e temos tão pouca consciência disso em gestos como este, de nos recusarmos a aceitar com todo o coração as nossas falhas, por mais pequeninas que sejam.

E cantei, agora com o espírito mais leve e com a certeza de que tenho de me amar mais, mesmo quando não sou como gostaria, o Amor de Deus por mim vai além disso e para Ele sou sempre A preciosa, mesmo quando erro o tom.
Que por acaso não aconteceu naquele dia=)

sábado, novembro 04, 2006

Acreditar...


"É importante acreditar nos outros;que os seus olhos chegam onde não chegam os nossos...que o seu coração aumenta a capacidade do nosso..."