sexta-feira, dezembro 29, 2006

Pegadas [de cavalo] na areia...


Sentada na areia da praia olhava o sol a pôr-se. Dava-me conta da minha pequenez e da minha fragilidade. A minha incapacidade de me erguer e caminhar sem cessar em direcção a Ti. Sentia-me tão cheia. Cheia do mundo e das coisas dele. Mal conseguia andar. Mas o Teu amor é criativo como nenhum outro o é. E sem demoras mandaste-me um cavalo.


P.S: Mandou mesmo. Chamava-se Lima.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Porque Ter não é Ser


Tudo isto a custa daquele anúncio televisivo sobre o leite “não sei das quantas” que termina com a frase “porque ter leite não é ser leite”. Como tal, de termos carinho e ternura pelas pessoas, a sermos carinho e ternura para as pessoas vai um passo de gigante.
Ultimamente tenho-me apercebido mais da dificuldade que as pessoas têm em dar esse passo do sentir para o mostrar, para o dar a conhecer. E é coisa que realmente me custa perceber, talvez porque ponho, naturalmente poucos entraves ao que me vai no coração.
Sei sim, da dificuldade que é amar quem não sabe mostrar o que dentro de si vai. Porque amor desse que nada pede, só Deus, eu pelo menos fico-me pela tentativa, árdua, mas frustrada na maior parte das vezes.
Porque é muito duro não saber se o que damos está pelo menos a cair em terra fértil.
Peço ao Senhor a capacidade de um Amor que não se esgote em tentativas, um coração capaz de dar e dar e dar…
E para os que Amam só lá por dentro, é como o anúncio do leite “ter amor, não é ser amor”.