3 atitudes….1coração

Tenho a Graça de ter a melhor mãe do mundo e de ter com ela uma relação que me permite ser eu com toda a verdade. Ainda este fim de semana discutíamos uma situação que tinha surgido entre mim e uma amiga próxima, uma parvoíce qualquer que me tinha irritado, ao que ela me dizia… “-Ai isso nem é nada do teu feitio, dares importância a uma coisa dessas” ao que eu rapidamente me apressei a responder “-Oh mãe, eu até sou boa pessoa, mas quando me pisam os calos…”

Nos últimos tempos andava ligeiramente irritadiça e amarga, sentia um entrave qualquer que estava a ser difícil de contornar, principalmente porque não sabia de onde vinha e isso reflectia-se em pequenas discussões que me fazem sempre mal porque são absolutamente desnecessárias.

Ainda no mesmo dia fomos à Eucaristia. E senti-me literalmente uma menina mal comportada a levar um puxãozinho de orelhas do Pai.

O Pde. N começou por falar da importância de nos relacionarmos com os outros e principalmente da atenção que devemos colocar na qualidade dessas mesmas relações. O assunto interessava-me especialmente e só me apetecia ter um bloquinho de notas à mão,(por acaso já pensei nisso várias vezes. Será que tem mal tirar notas durante a Homilia????...Whatever…)
Descreveu então três tipos de atitudes que podemos adoptar com os outros:

A primeira atitude era sermos maus, e este maus refere-se mais a “mauzinhos”, a pessoas que gostam da sua intriga, que não evitam aquele maldizer…esse tipo de coisas, nada muito horrível, porque Graças a Deus não nos cruzamos com génios do mal todos os dias.

A segunda atitude (e começou aqui o meu puxão de orelhas por encomenda) a de sermos justos. E aqui reside uma das minhas maiores tentações e acredito que da maior parte das pessoas também. O sermos para os outros o que eles são para nós, ou “olho por olho, dente por dente”, “não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti”… e dito assim nem parece tão horrendo, mas o facto é que é totalmente o contrário da mensagem central de Jesus, onde encontraremos a terceira atitude possível.

Aproximarmos o nosso coração do coração de Jesus e sermos bons, fazermos o bem pelo bem (do outro), sem esperar recompensas e glórias, fazer sempre mais, no fundo fazer aos outros o que desejamos para nós nas coisas mais simples. Ser Cristão.E aqui podemos cair ainda na tentação de sermos bonzinhos, passivos, mas atenção que não é isso que Jesus nos pede, ele disse expressamente para quando nos batessem numa face, darmos a outra e isto implica uma dinâmica, um rasgar o coração mais que rasgar vestes.

Era isso, andava a ser justa demais e ao contrário do que possa parecer, não, não é nada bom. Trava os meus horizontes de amor, limita a capacidade que eu sei que tenho de me superar nas minhas fraquezas. Peço a Deus que me dê um coração mais que justo, um coração cheio de amor*